“Se todo mundo que se odeia se amasse o mundo seria um lugar bem melhor”

Júlia Forli

“Se não tivéssemos tentado chegar as estrelas poderíamos vê-las bem mais de perto”

Camille Carraco

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Liberdade


"É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre.
Condenado porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz."
                                                                                                                                                SARTRE


"Poderia-se dizer que livre, livre mesmo, é quem decide de uma hora para outra que quer jantar em Paris e pega um avião.Mas mesmo este depende de estar com o passaporte em dia e encontrar um lugar na primeira classe.E nunca escapará da dura realidade de que só chegará a Paris para o almoço do dia seguinte.O planeta tem seus protocolos."
                                                                                            LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO


"E por mais que tente nunca vai alcançar o sol"

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Democracia



Período eleitoral
hoje por muito algo banal,
uma situação bem difícil
em que parece ser ridículo.
São cartas, placas,estandes
anúncios,propagandas
tão fúteis,
com foto de bacana.

Uma sociedade em que a bacanagem prevalece,
em que a enganação cresce
mandatos mais mandatos
pensando assim que seremos enganados.
algo triste de se ver.
ninguém enxerga, ninguém crê.
que o próprio povo
unido pode vencer.

A união faz a força,
mas que tem que ser boa.
Não adianta fica parado
tem que ser agitado.
A democracia não presta?
Algo de outras décadas.
Precisamos orar
para aquele que vai governar

Democracia...
uma fantasia
que nos leva a loucura
com a boca de urna.
Um povo esquecido.
É muito reclamão,
que fala, fala, fala
e não vê o problemão.

É fácil falar
e reclamar
mas quero ver melhorar.
É muito fácil
preste atenção.
Pois político
há de montão.


autor desconhecido


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Um certo momento...

 Quando cada um olhar pra mesma coisa,
 e em nossos sentidos errôneos surgirem variadas interpretações;
 quando em nossos olhos surgirem diferentes cores
 na tentativa de distinguir aqueles mesmos rubores.

 Quando cada rosto a cada um parecer diferente,
  mas igual a todos os outros;
 quando formos meros desconhecidos,
  não seremos defendidos.

 E  quando não tivermos apoio;
 porque o mundo se virou de vez para o próprio umbigo.
 Porque chegou a hora de nascer o narciso,
 quando afogarem-se todos em seus próprios rostos.

 Será essa a hora de fechar os olhos,
 pra tentar ignorar a hipocrisia.
 e tentar ignorar verdade
 porque sem ela não há mentira.

 Por que quando este dia afinal chegar,
 será o momento de admitir,
 que o ser humano preferiu criar a doce mentira
 a aceitar a amarga verdade
 que a culpa é de todo mundo,
 mas no fundo ninguém sabe realmente de quem é.

                                             

                                                 autora : júlia forli

sábado, 16 de junho de 2012

Bela

                                                                    Bela

Era uma vez uma bela criança,
Bela dos cabelos brilhantes, dos olhos vibrantes,
Bela dos lábios rosados,
das doces palavras.

Uma flor que trazia esperança,
exalava confiança,
da mais pura intenção,
sem nenhuma ambição.

Doce criança que habita seus sonhos.
No seu próprio mundo,
Doce criança, inocência divina,
mais que linda menina.

Mulher de beleza impossível,
determinada a ter tudo,
a ser mais do que os outros.

Mulher que tem mais do que todos,
que não abre mão do que é seu.
Nela ainda habita a criança,
mas não há inocência.

A flor que foi transformada,
que está cheia de espinhos,
para se proteger.

A bela perdeu o seu mundo,
deixou-se levar.
Aceitou ser tirada
de sua linda pureza.

A mulher mais linda de todas,
deixou ir o que lhe fazia mais bela.
Trai sueira beleza,
foi-se embora a palavra,
foi-se embora a verdade.

Volte minha linda criança,
traga minha esperança.
Faça do mundo os seus sonhos,
e dos sonhos, crie a verdadeira beleza.

Volte minha bela criança,
bela dos cabelos brilhantes, dos olhos vibrantes.
Bela dos lábios rosados,
das palavras sinceras.

Volte...
Autora : Júlia Forli

Biologicamente falando



Biologicamente Falando




Um ser robótico, é o que pensamos.

Aprenda em um dia, o que se aprende em mil anos

Vigore seus chips e hds, senão será desligado, ou queimado em 220 parcelas eternas.




UM SER?




Só se for “SER”, de serviço anual de robores anônimos.

Aí sim seria mais fácil de criar uma sigla




SARA




Sarar este processo robótico é tão complicado quanto acabar com o efeito estufa.

Imaginem daqui pra frente!!

Ainda bem que sentimos dor de dente!... “ainda”




TEMPO?




Biologicamente falando demoramos nove meses só pra ver a luz do planeta

Doze anos para aprender a correr sem cair, e mesmo com mais de uma década de prática....

Caímos!




Estou falando Biologicamente sem lógicas precisas... OK?

Isto só é um exemplo exemplificado de que cada vez mais esquecemos o que somos




BIO...




Tempo pra todos os seres igualmente distribuído, e erguido com seus pilares naturais da

vida nascida.

Entramos num tempo atento é claro! Mas se atente com calma!

Afinal de contas criamos a cria.

Criamos!




Poderia até ficar continuando este pensamento de seres ou não seres... (eis a questão)

Mas, deixe isto com os próprios...

Ou para outra hora porque tenho que ir embora




Aurora...




Só esta tem bilhões ou mais de memórias.




Autor : Matheus Forli

terça-feira, 12 de junho de 2012

Verbetes


Homo studions - Habita quartos bagunçados e abarrotados de livros. Alimenta-se de todos os tipos de doces e biscoitos. Mantêm posições pouco comuns. Não se relaciona com outras espécies e está entrando em extinção.

Habituns sofá- Habita camas e sofás confortáveis alimenta-se de qualquer coisa, mas tem preferência por bolinhas de queijo. Não é capaz de ler mais de uma palavra sem se cansar. Seu maior predador é o trabalho e seus semelhantes. Se reproduz rapidamente em locais quentes e úmidos. Um dia fora de seu habitat natural é fatal.

Autoras: Camille Carraco e Júlia Forli.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Dark

Vi aquele vulto passar. Estremeci. Olhei assustada procurando alguém que pudesse me ajudar, procurei aquelas pessoas que diziam ser meus amigos, me vi perdida na escuridão, me vi sozinha... Olho para o espelho com a esperança de ver o meu reflexo, mas ao olhar, a única coisa que vejo é a escuridão. Estou com medo, ainda posso sentir o vulto, ele me persegue. O que ele quer de mim? Sinto-me constantemente observada e encaro a escuridão afim de conseguir enxergar o que me espera. Mas não consigo ver nada. Encolho-me em minhas pernas. Encolho-me para ele não me ver. Sinto medo, estou com frio e tudo está tão...Vazio. Quero sair daqui, mas é tão seguro onde me encontro, que tenho medo de seguir em frente. Onde foi parar a minha esperança? Como posso ser tão idiota. Por que não lutar ? Eu quero levantar, mas não encontro forças e sempre que tento gasto o pouco que tenho. Parece que algo está me sugando, parece que "ele" está me empurrando para baixo toda vez que tento emergir. Quero ver o sol. Não aguento esta escuridão. Sinto as lágrimas retornando em meu olhos, mas seguro-as. Não quero chorar neste momento. Não quero fazer isso na frente desta pessoa que me observa. Por que ela não me ajuda? Por que ela fica simplesmente olhando para mim? "ME DE UM POUCO DE LUZ" - grito em vão. "ME AJUDE. TIRE-ME DAQUI" -tento inutilmente me comunicar com este ser que apenas observa-me. Caio em prantos. De repente vejo uma porta. Finalmente vejo o porquê estava ali. Finalmente entendo o porquê este individuo me observara. Entendo que, na verdade, o que vejo é o eu reflexo.Meu rosto refletido na parede de negação e desespero que eu mesma construí. Construí porque me nego a continuar, a seguir, a aceitar que sou forte o bastante. E sei que o único motivo para estar ali era que eu não queria sair. Levanto-me lentamente, sentindo cada movimento, voltando ao meu corpo e desligando-me do pesadelo que eu mesma me impus. Deixo meus movimentos fluírem e meu corpo me leva para longe dali. Finalmente aceito que estou bem, que vou ficar bem. E está mais claro agora.


Autora: Camille Carraco

sábado, 2 de junho de 2012

Oração da Mulher



Querido Deus,
Até agora o meu dia foi bom:
- não fiz fofoca;
- não perdi a paciência;
- não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica;
- controlei minha TPM;
- não reclamei;
- não praguejei;
- não gritei;
- não tive ataques de ciúmes;
- Não comi chocolate;
- Também não fiz débitos em meu cartão de crédito (nem do meu marido);
- Não dei cheques pré-datados;
Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento…




Autor: Desconhecido

domingo, 6 de maio de 2012

Chore...


Ela está bem... Fique calma. No final a dor passa e as lembranças te darão um sorriso e não uma lágrima. Fique calma ela está em um lugar bom, ela está no Elísio junto com os heróis, santos, deuses... ali ela está rodeada por paisagens verdes e floridas, dançando e se divertindo noite e dia. Fique tranquila... a dor irá passar. Eu não sei o que dizer, mas tenho certeza que os nossos deuses estão a protegendo e um dia, quem sabe, ela retorne. Vamos neste momento chorar e logo iremos sorrir. Eu estarei aqui para te ajudar, eu irei te proteger, sou sua amiga e eu te adoro... Fique tranquila, fique calma...Esta tudo bem... Chore, pois logo a tempestade passará e o céu se abrirá... Chore.




Autora: Camille Carraco

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Pressentimento

                Ela estava pensando no pai e nos irmãos. Será que eles estavam bem? Já fazia um bom tempo que haviam saído. O que acontecera com eles? A mulher estava preocupada e e ela não estava com um bom pressentimento.
                O telefone toca. Ela corre e atende rapidamente, torcendo para que seja seu pai. Decepção. Era um amigo antigo, ela rapidamente se despede dele. Começa a perambular de um lado ao outro. Porque eles não ligam? A mulher irritada e preocupada resolve ir em busca dos três.
                 A mãe sumira assim e quando todos achavam que ela estivesse morta ela reaparecera. Seria  tão impossível o mesmo acontecer ao seu pai? A mulher com as suas distrações quase bate em um carro, mas ao desviar-se o carro perde o controle e capota, antes de perder a consciência recebe uma mensagem de seu irmão avisando que estavam em casa. Assim ela tenta em suas últimas palavras sussurrar que os amam. Seus olhos se fecham para sempre.
 

Autora: Camille Carraco

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Apenas...



Lá estava eu, na mesma rotina de sempre, com as mesmas pessoas de sempre. Já estava cansada disso, não aguentava mais aquilo. Quando chegava em casa tinha que cuidar da casa, dos filhos, lavar passar, brigar com criança por isso, por aquilo. "Cansei" disse a mim mesma. Peguei as minhas coisas e fui caminhar pela cachoeira, fui olhar a floresta. Chegando lá parei e olhei aquele lugar calmo, sem pessoas, sem nada, o silêncio prosperava, era delicioso não escutar os meus filhos brigando, o meu chefe reclamando e o meu marido cobrando as coisas, eu ansiava nunca mais sair dali. Acabei dormindo. Quando acordei já era de manha, sai correndo dali e fui para casa, me arrumei e trabalhar. Quando voltei do trabalho fiz a mesma coisa, fui à floresta e descansei de tudo, fiz isso durante meses, mas sem perceber que me afastava cada vez mais de meus filhos e marido. Quando percebi já era tarde. O meu marido falou à mim: " Você agora vai ter tudo o que quer, vai se livrar de mim e de meus filhos, nunca mais irá vê-los." Ele me olhou nos olhos e nesse momento eu pude ver a tristeza, pude ver as lágrimas presas em seus olhos, pude ver a sua alma. Ele me disse: "Meu amor, não precisava ser assim, mas você fez isso, você tornou as coisas difíceis, eu entendo que as vezes nós precisamos descansar de tudo, mas aquilo já estava se tornando um hábito e não era mais um descanso, aquilo se tornou uma necessidade. Agora eu irei dar um tempo de você e quando estiver mais satisfeita, ligue-me e eu direi a você se voltarei."  Naquele momento tinha percebido que tinha perdido o meu amor, tinha perdido os meus filhos...Tinha perdido tudo. Fui atrás dele, mas já era tarde. O que eu fiz?? Porque eu fiz isso?? Fiquei parada no mesmo lugar, sem reação, sem demostrar emoção, fiquei sem saber o que fazer e dizer. Apenas aproveitei o momento e refleti e chorei por ser burra e perder tudo o que eu tinha. apenas chorei e corri atrás deles....Apenas chorei e corri....Apenas...

terça-feira, 1 de maio de 2012

Está tudo bem


Está tudo bem


Às vezes pessoas que gostamos se vão. Nós ficamos tristes, acontece. Mas talvez não seja tão ruim.Se formos pensar, talvez seja só a ordem das coisas. Só que é mais fácil falar. Não é algo que se possa controlar. Mas você não pode deixar seu mundo cair. Já parou para pensar que não é isso que ela ia querer.

Não são coisas que acontecem por que tinham que acontecer. Não é como destino ou coisa assim. Ou talvez seja, não sei. Mas talvez seja apenas algo que aconteceu por que aconteceu. Apenas uma obra do tempo. Uma obra de Cronos, pai dos deuses e aquele que deseja destruí-los. O tempo nós cria e depois nos leva de volta.

Mas não é crime ficar triste, aquele que se foi não gostaria de ver os que ama chorando por ele, devemos saber disso, mas talvez algumas lagrimas não façam tão mal. Então só o que me resta é pedir a Hades, Anúbis, Deus e Jesus e quem mais tiver, para que cuidem bem dela. E enquanto isso, deixo as lagrimas rolarem por meu rosto. E está tudo bem.
                                                                                                              Autora: Júlia Forli

sábado, 28 de abril de 2012

Cinderella




                                Cinderella


Quando falamos em Cinderella, a primeira coisa que todos pensam é: sapatinhos de cristal, príncipes encantados e fadas madrinhas. Mas a história de Cinderella está muito além de belos vestidos, carruagens mágicas e finais felizes. A história da princesa começa mal. Ela é tratada quase como uma escrava, por aquela que deveria ser, para ela, como uma mãe.É desconsiderada por suas “irmãs”. Suas condições são ruins, mas está além dela muda-las.

Mas, ainda assim, se me perguntassem se eu gostaria de ser a Cinderella, eu diria que sim. Porque ela é mais do que uma garota que teve sorte, ela é uma mulher. Uma mulher forte, com muitas que temos entre nós, que passou por situações difíceis, e que não desistiu por isso. Como muitas outras mulheres, não era por sua culpa que estava naquelas condições, mas aguentou-as e superou-as. Então eu proponho que respeitemos as nossas mulheres, porque, no final, todas merecem um sapatinho de cristal.


 Autora: Júlia Forli                                                                                                                   

sexta-feira, 27 de abril de 2012

primeira vista


               Primeira vista


Não havia nada de errado. O local era belo, de arquitetura fina. Deve ser um produto de algum arquiteto famoso. Há uma grande porta, esculpida em toda sua superfície, de carvalho talvez. O pé direito é extremamente alto e muito bem decorado. O balcão mais a frente possui um brilho espelhado, e por detrás dele esbeltas atendentes usam terninhos que não as deixam respirar, e controlam suas vidas em perfeitas maquinas que chamamos de computador. Tudo parece certo a uma primeira vista.

As paredes são de um branco perolado que reflete a luz deixando tudo cada vez mais branco, era branco demais. Viro-me e encontro mais branco, está branco demais. Será que ninguém consegue ver. Onde está o verde?Corro para a enorme porta, não a quero, quero as árvores que morreram para construí-la. Saio na rua,para a floresta de pedra corro o mais distante que posso.Meu mundo mudou e ninguém percebeu. Fecho os olhos e espero acordar em meu quarto, espero que seja tudo seja só um sonho, mas não tenho tanta sorte desta vez.

                                    

Autora : Júlia forli

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Uma esperança...

Em um reino desconhecido uma menina vivia.Em um mundo colorido,alegre e feliz, as pessoas se amavam e se importavam com as outras.Elas viviam em clãs, familias e instituições, mas com o passar do tempo  a coisa mais importante não era mais o grupo, e sim o individuo. As pessoas, aos poucos, foram destruindo as cores, com o seu ódio, com guerras, com vingança, as pessoas só pensavam nelas mesmas.As cores foram ficando escassas e a menina foi ficando triste, e resolveu falar com seu pai  sobre o que estava acontecendo. A menina, ao encontrar o seu pai, disse em um eterno desabafo:
- Pai, o mundo está ficando triste, os animais estão morrendo, as pessoas estão ficando infelizes e destrutivas, mais individualistas, elas só pensam nelas mesmas.Nas coisas que elas vão ter ou tem, o mundo está se perdendo, na verdade as pessoas estão. Você não percebe isso? Você tem que fazer alguma coisa. O que você irá fazer?
O pai muito sábio respondeu para a sua filha:
- Minha cara, eu não poderei fazer nada, a única coisa a ser feita é mostrar para eles o que está acontecendo.Temos que por esta rosa em cima daquela montanha, assim, quando a rosa se abrir ela irá revelar o segredo da vida, e o mais valente dos homens irá subir naquela montanha, só para salvar o mundo.               Mas esta pessoa tem que ter o coração puro, e quando a flor for trazida para cá,eles entenderão que isso está errado, encontrarão o verdadeiro significado da vida, assim, tentarão mudar alguma coisa.Entretanto o mundo acabará piorando, e as pessoas se tornarão mais infelizes, mais individualistas.A salvação do mundo está no coração de cada um.... 

Autora: Camille Carraco


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Apenas uma vez


                                         Apenas uma vez. 


" O sol se põe no mesmo mar de sempre. O dia transforma-se em noite. Espero pelo escuro, mas ele não vem. Luzes se acendem na cidade e eu não posso ver o céu. Os dias não são mais claros e as noite não são mais escuras, estou perdida, não posso me guiar, não sei para onde ir.

Apenas uma vez lembre-se de como tudo já foi diferente.

Apenas uma vez ouça o que vou lhe dizer. 
Haja o que houver não se esqueça,
De quando víamos as estrelas.


Nuvens pretas pairam sobre o céu, já amanheceu, mas ainda está escuro. As nuvens aumentam, tenho que me afastar, procuro uma toca...Onda de água tóxica. Nem mesmo a areia é mais segura. Quero fugir, me esconder. Não sou morcego, não vivo a noite. Sou diurna e não noturna, não vão me mudar.
Apenas uma vez pense em como podia ser diferente. 
Apenas uma vez ouça o que vou lhe dizer,
Haja o que houver não se esqueça,
 de quando víamos as estrelas. 


A noite vem e já tenho abrigo, meus sonhos me escondem a verdade, e posso dormir tranquila.


Então pense no que poderá ser. 
E faça com que seja. 
Apenas uma vez lembre-se.
De quando víamos as estrelas


                                                            Autora:Júlia Forli

Um brinde !

Um brinde a vida, aos amigos, as conquistas, um brinde por sermos fortes, um brinde para as nossas mães, elas são guerreiras e mesmo quando estão triste, doentes ou com dificuldades elas nos atende, nos ensina e consola. Um brinde aos nossos professores que passam por dificuldades em casa e tem que todo dia encontrar com crianças, que não estão nem ai para eles, este tem que aturar crianças mal educadas, mimadas,ALGUMAS, enfim eles passam por muitas coisas... Um brinde ao nosso pai, que vai para o trabalho e fica, muitas vezes o dia inteiro fora, se preocupa conosco, nos ama e se preocupa com a mamãe. Um brinde ao lixeiro, faxineiro, empresario, A todo o MUNDO. Um brinde aos erros, pois sem eles não avançaríamos, não chegaríamos aonde estamos.
Autora: Camille Carraco

Simples planos


                                 

Simples planos



Tem coisas que eu desejo fazer,

coisas que adoraria realizar, também aquelas que gostaria de ter.

Ou mesmo ser.



São simples planos, que ainda não são reais

Simples planos que talvez aconteçam,

e que talvez sejam esquecidos.

Simples planos...



Mas o meu plano mais simples é aquele que me levará aos outros.

É aquele que independe de mim.

É viver sem esperar nada da vida,

nem mesmo a morte.

É viver feliz, e resolver problemas,

sem se preocupar com nada, deixando-se levar.



E enquanto isso,

eu crio mais imagens em minha mente,

e torno solidas, as imagens que antes estavam lá.

Um belo plano



Autora:Júlia Forli

Agora


                               

 

                              Agora

Foi recentemente. Num dia normal, um dia como outro qualquer. O dia em que tudo mudou.
“Estou dirigindo, meu carro ronca levemente, não posso força-lo, é um ótimo carro, mas está velho. As curvas na subida da colina são fechadas e estão molhadas da chuva. Não tenho medo, penso em minha casa, no meio da clareira, no alto da encosta.Sei que meus pais me esperam, sentados confortavelmente no sofá.Sei que minha irmã está sentada,bem na frente deles, no tapete, para ficar junto a nossa bela cadela e mais perto da lareira.
Sinto-me mal, como se algo de ruim fosse acontecer. Calma, digo a mim mesma frequentemente já fiz isso milhares de vezes, nada vai acontecer.
É quando um vulto passa em minha frente, um animal, mas não posso distinguir qual.Em menos de um segundo tomo a decisão e desvio.O carro derrapa na pista molhada, ouso os pneus cantando no asfalto.O carro cai no abismo,gira 1, 2, 3 vezes antes se por em cima das rodas e deslizar mais alguns metros. Então perco a consciência”.
A decisão de salvar o animal mudaria minha vida para sempre. Acordei pouco tempo depois com o som das sirenes da ambulância que chegava. Abri os olhos, mas tudo continuava escuro. Não sou tão sortuda quando pensava. Uma parte de meu cérebro foi gravemente afetada por uma pancada. Fiquei paraplégica, hoje ando em uma cadeira de rodas.

Não reclamo de forma alguma do que me aconteceu.Me ensinou a viver sem me preocupar com o que pode acontecer.Se você vive sempre pensando no depois, não aproveita o agora. 

Autora: Júlia Forli

Pense.

Estava eu ali, sentado na praça, olhando, admirando, observando... Crianças, adolescentes, bebês, famílias  brincando, dando gargalhas, aprendendo a andar, começando uma longa vida. AI!! Como queria poder voltar ao tempo e viver tudo de novo, mas desta vez fazer aquilo que eu tive medo, fazer as coisas que deixei para depois, recomeçar tudo de novo, não por que eu esteja infeliz, mas sim porque a vida é bela e é tão bom poder vive-la. Ser jovem é uma das melhores coisas da vida, ser jovem é fazer as coisas por impulso, é desejar e conseguir, é fazer e não pensar no depois, é simplesmente viver. Como eu queria ser jovem de novo, como queria não ter deixado o amor de minha vida partir. Hoje estou sozinho, pois o amor de minha vida se fora, naquela viagem, naquela ultima discussão. Me arrependo de não te-la seguido, me arrependo de ter não pedido desculpas, o meu orgulho foi maior do que o meu coração...Então meu jovem faça o que você achar correto, faça o que desejar, não se arrependa do que foi feito, viva a sua vida, aprenda a ser humilde, aprenda a admitir os seus erros e tentar não comete-los novamente, aprenda a viver corretamente...
                                                                     Autora: Camille Carraco

Naquela rua...


             Minha mente voa pela cidade. penso em tudo que vi e vivi naqueles corredores escuros, naquelas ruas, naquele beco, ali... bem ali... foi onde tudo começou.

Encontro uma criança, me aproximei e quando cheguei perto ela se encolheu, 
parecia que queria entrar dentro de si mesma, ela estava com medo, pude ver em seus olhos o sofrimento,
 a dor, a infelicidade, no momento que eu a vi queria ajudá-la, 
eu queria poder abraçá-la e dizer que tudo iria acabar bem, que logo ia passar o medo, 
a dor, que ela iria ser feliz, mas quanto mais eu tentava alcançá-la mais ela se afastava, e
eu não entendia, eu queria ajudá-la, mas ela não deixava e quando finalmente consegui tocá-la... meus olhos se abriram e eu pude perceber que aquilo era apenas uma imaginação ou melhor apenas uma lembrança...apenas a minha lembrança...

Autora: Camille Carrraco